“É realmente difícil de entender [as críticas] depois de 13
anos
representando meu país” (reprodução/terra.com.br)
Após o Brasil ser eliminado da Copa América na terça-feira
(3), sem vencer um jogo, o técnico Rúben Magnano falou sobre o fracasso, mas também
fez questão de lembrar dos jogadores que pediram dispensa da equipe.
Por meio de um comunicado publicado nas redes sociais na
quinta-feira (5), Tiago Splitter, rebateu as críticas que recebeu tanto do
técnico (indiretamente), como de algumas pessoas que lhe mandam mensagens grosseiras na internet
e ressaltou seu histórico com a camisa da Seleção.
“Queria mandar um forte abraço a todos companheiros da Seleção Brasileira! Sei que deram o máximo dentro da quadra! São grandíssimos jogadores e com muita experiência nos campeonatos mais importantes do planeta. Por um ou outro motivo a coisa não deu certo. Alguns falaram que a culpa foi dos jogadores que não foram. Com relação a minha pessoa, é realmente difícil de entender depois de 13 anos representando meu país! Lembro, que quando não estava na minha melhor forma e totalmente no sacrifício, fui criticado por jogar abaixo do que podia” afirmou Splitter.
O pivô pediu dispensa da Seleção Brasileira pela primeira
vez. Desde 2002, Tiago defende o Brasil. Um dos motivos da dispensa foi o
desgaste, Tiago jogou as finais da NBA, que ocorreram em junho, com o San
Antonio Spurs.
“Lembro que quando nasceu meu filho fui diretamente aos treinamentos e passei os primeiros dois meses longe da família. Lembro que quando minha irmã estava vivendo seus últimos dias de vida, lá estava eu, representando meu país”.
Disse se referindo ao seu filho Benjamin, que nasceu em
junho de 2012, no mesmo período em que Tiago teve que se apresentar para a
Seleção Brasileira e começar os treinamentos. E também falou de sua irmã
Michelle, que morreu em 2009, com apenas 19 anos, vítima da Leucemia.
“Sempre ganhamos juntos e principalmente perdemos juntos. Foram muitas vitórias e várias derrotas doídas. Na derrota é onde nos conhecemos melhor e nunca qualquer um de nós apontou o dedo para o outro, ao contrário, nos uníamos mais ainda. Sei exatamente como estão se sentindo meus companheiros de seleção depois de passarem mais de 50 dias longe da família, em regime de concentração, treinando. Terão sempre a minha solidariedade e apoio que sempre tive de todos eles. Em alguns meses estaremos todos juntos outra vez. Agora é a hora de refletir e pensar em um futuro melhor.
Minha trajetória na seleção sempre foi pautada no respeito, sinceridade, comprometimento e coragem. Somente a total falta de conhecimento poderia gerar estas declarações deslocadas da realidade."
O pivô publicou esse recado em seu Twitter, através de um
programa chamado TwitLonger, você pode ler a mensagem original aqui.
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