Tempo é dinheiro? Para Tiago
Splitter, a máxima vale, sim, para a temporada 2012-2013. Ô se vale:
afinal, ele entra em seu último ano de vínculo com o San Antonio Spurs e precisa mostrar serviço para receber um bom
cheque para os próximos anos. Lembrando que o catarinense abriu mão de dinheiro
ao deixar a Espanha para jogar nos Estados Unidos, ciente de que geralmente é
no segundo contrato da NBA que os
atletas ganham uma bolada.
O que o pivô não contava era com a mudança significativa na
economia da liga desde o locaute do ano passado, afetando especialmente o
pelotão intermediário, algo que Leandrinho teve de assimilar da pior maneira
nas últimas semanas, perdendo US$ 6 milhões em salário da temporada passada
para esta.
Em termos de projeções numéricas por minuto, o catarinense já
está na elite. Com a crescente expansão dos analistas de dados no gerenciamento
dos clubes, esse tipo de informação acaba disseminada de um modo ou de outro.
Mas ainda conta também a impressão que ele deixa em quadra. Quanto mais jogar,
mais ela tem chances de pegar. Mas não que seja fácil.
Depois de ótimo rendimento na temporada 2011-2012, sabemos
que seu ano terminou em baixa. Contra o Thunder,
na final da Conferência Oeste, depois de errar seis lances livres no primeiro
jogo e ter a confiança minada, o pivô foi limitado a apenas oito minutos por
jogo, com médias ínfimas de 2,8 pontos, 1 rebote e 1 assistência.
Foi, claro, uma resolução drástica encampada por Gregg Popovich, mas supostamente
circunstancial. O problema é que, recuperando toda a campanha do brasileiro,
nota-se um desdobramento preocupante. Splitter
caiu gradativamente dos 24,8 minutos que recebeu nos poucos jogos de outubro
para 16,8 em abril, último mês da temporada. Seus minutos minguaram especialmente
após a contratação de Boris Diaw –
que teve seu contrato renovado, aliás.
Acontece que o encaminhamento da atual pré-temporada do San
Antonio Spurs até agora não anima muito os fãs de Splitter. Atrapalhado por
espasmos musculares nas costas no início dotraining
camp, acabou poupado de diversas atividades e vem sendo inserido aos poucos
nos amistosos do time texano dos últimos dias. E bota pouco nisso: em quatro
jogos, foram apenas 10,3=8 minutos de ação, embora seu aproveitamento nos
arremessos seja excelente, com 54,5%.
Alguns fatores que podem ajudar a explicar esses minutos
limitados: 1) nessa fase de testes,
Popovich está dando mais de 15 minutos por jogo para *Eddy Curry (uma frase que parece
inacreditável, mas é isso mesmo… O pivô está na briga por um contrato);
2) DeJuan Blair chegou de férias
revigorado, em ótima forma e recebeu bons elogios do treinador, podendo ter
pulando na frente na rotação; 3) talvez Pop
ainda tenha o brasileiro em altíssima conta e esteja apenas preservando
o brasileiro, usando de precaução diante de seus problemas físicos antes que
seja dada a largada.
Em amistoso do Spurs contra
a forte defesa do Miami Heat,
derrota por 104 a 101 no sábado passado, foram 9 minutos e quatro cestas de
quadra em quatro tentativas para Splitter.
Espera-se que esse tipo de rendimento seja o suficiente para que seja mais
acionado na hora que vale, a temporada regular.
*Eddy Curry foi
dispensado do time, juntamente com Derrick
Brown na última terça feira (23) – Informações do site oficial do Spurs
Fonte: Vinte e Um
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